Você já ouviu falar da geleira Thwaites? Localizada na Antártica Ocidental, a massa de gelo tem o tamanho do estado americano da Flórida e tem sido monitorada de perto ano após ano. O motivo é o risco de impacto no aumento do nível do mar. Isso porque a batizada como “Geleira do Apocalipse” está derretendo e preocupa cientistas.
Ocorre que esse processo de derretimento da geleira tem resultado em cerca de 4% do aumento do nível do mar anualmente, em virtude do aumento da temperatura do oceano.
Diante desse cenário, estudos publicados em fevereiro deste ano pela revista britânica Nature apontam que, por mais que o ritmo da dissolução da geleira esteja mais devagar do que o esperado, ainda há uma grande preocupação com rachaduras profundas.
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Onde mora o perigo
No entanto, a base da Thwaites, no fundo do mar, é onde o derretimento acontece de forma mais acelerada. Desde o final da década de 1990, houve um recuo de quase 14 quilômetros. Em outras palavras, isso leva à exposição de uma parte maior a águas em temperaturas mais quentes do oceano.
Embora a desintegração da massa de gelo possa demorar centenas ou até milhares de anos, o eventual derretimento de sua plataforma antes disso poderia provocar danos irreparáveis. Estima-se, por exemplo, que a degradação total da geleira Thwaites possa causar um aumento de 70 centímetros no nível do mar. Ou seja, o bastante para arrasar a costa de diversos locais de todo o planeta.
De olho na “Geleira do Apocalipse”
Para acompanhar o processo mais de perto, uma equipe de cientistas viajou até a Antártica Ocidental em 2019. Lá, o grupo realizou um estudo utilizando uma espécie de robô para captar imagens e informações sobre as condições da geleira Thwaites em camadas mais profundas. Já em 2021, um estudo identificou o risco de quebra da geleira nos próximos cinco anos.
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